21/11/2012

Líderes dinâmicos

 Você quer identificar o que precisa ser mudado? Você quer fazer as mudanças acontecerem? Se quiser, vai encontrar pelo caminho, desafios reais - mas superáveis. 
 Muita gente tende a ignorar as verdadeiras questões que impedem uma mudança lucrativa. Os líderes de hoje não podem evitar ou negar questões difíceis. 
 Identifiquei 10 características comuns aos líderes dinâmicos, agentes da mudança. Examinando cada característica, você vai descobrir por que os líderes que as possuem aproveitam a mudança, tratam-na como aliada e a utilizam a seu favor. 
 OUSADIA - Um líder ousado tem coragem de ser o primeiro, de ser diferente, de falar, de agir e errar. Sem ousadia, não há contribuição, inovação ou progresso significativo. 
 REALIZAÇÃO - Líderes dinâmicos realizam por meio da colaboração, da criação e do gerenciamento de equipes integradas por pessoal de várias funções, freqüentemente em vários locais. Estão mais interessados nos resultados do que em proteger uma série de processos. São peritos em multitarefas. 
 COMPROMISSO - Líderes dinâmicos dão toda a atenção ao que fazem. Para eles, compromisso quer dizer entrega emocional, perseverança e paixão. A sensação de recompensa que obtêm com seus feitos alimenta muito mais do que seus talões de cheques - alimenta suas almas. Para eles, um investimento emocional é essencial ao compromisso. Essa compulsão em ser cada vez melhor, aliada à ousadia, é que os faz realizar projetos e visões. 
 INSPIRAÇÃO - Considere estas opiniões de Nigel Newton, CEO da Bloomsbury Publishing em Londres, Inglaterra, editora da série Harry Potter. "Se você se preocupar demais em diminuir o seu índice de erros, vai acabar sentindo medo da sua caixa de entrada, aterrorizado pelas propostas dos autores e seus agentes. Vai acabar sem resultados ou com um livro tão sem graça, que ninguém vai querer ler. Descobrir J. K.Rowling me trouxe de volta o puro prazer de saber antes de qualquer outra pessoa quando tenho em mãos alguma coisa capaz de mudar o mundo." A inspiração de Newton em trazer autores desconhecidos e atrair editores dispostos a correr riscos significou sucesso global para este editor independente.
 SEGURANÇA - Segurança compreende foco claro e definição pessoal da intenção individual e a coordenação dessa intenção com as metas da organização. Líderes dinâmicos sabem o que querem alcançar e mantêm o foco voltado para isso. Uma frustração é que, às vezes, embora o objetivo esteja claro, é preciso uma grande dose de paciência para chegar lá. 
 PENETRAÇÃO - O termo "penetração" compreende a capacidade de ver o todo, acreditar nas pessoas, ser pessoalmente vulnerável, enxergar aspectos que tenham relação entre si, manter uma perspectiva equilibrada de necessidades a curto e longo prazo e contrabalançar os extremos de rigidez e humanidade. O objetivo da penetração não tem a ver com amizade, mas com respeito. 
 INTELIGÊNCIA - Líderes dinâmicos possuem uma inteligência cheia de visão e perspectiva. É uma dose saudável de maturidade aliada a um senso de auto-estima. Eles identificam os indivíduos talentosos e os colocam em posições onde possam produzir mais, recompensando-os, então, por isso. Informe às pessoas sobre as oportunidades disponíveis e sobre como tirar vantagem delas. 
 ENERGIA - A capacidade de mobilizar e implementar exige energia? um senso de otimismo oportunista aliado a uma sensação de urgência. Observando os ciclos econômicos e os indicadores do mercado, grandes líderes e gerentes agarram o momento e agem com segurança. Nenhum CEO sozinho é capaz de fazer as mudanças acontecerem; é preciso criar uma cultura de "por que não?". 
 INTEGRIDADE - A integridade organizacional? Confiança e credibilidade aliadas à fé na capacidade do empregado, compromisso com seu bem-estar e apoio a seu trabalho árduo? é que atrai e mantém o funcionário com conhecimento. 
 PERCEPÇÃO - Percepção quer dizer foco no cliente, tanto interno quanto externo, tanto doméstico quanto internacional. Entre na cabeça do cliente. Saiba quem são os seus clientes, como chegar até eles e qual o custo de conquistá-los e mantê-los. 
 Por: Larraine Segil

15/11/2012

Livro - um guia para o sucesso pessoal e profissional


A arte da guerra. Tzu, Sun. Adaptação James Clavell. Editora Record.

A arte da paz - lições de Mahatma Gandhi para a sua empresa. Nair, Kesshavan. Tradução de Ivo Korytowski. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

A arte de amar. Erich Fromm. Editora Etatiaia Limitada.

A arte de formar – o feminino, o infantil e o epistemológico. Bacha, Márcia Neder. Petrópolis- RJ: Vozes, 2002.

A Cabana. Young, William P. Sextante

A força do desejo: o âmago da psicanálise. Rosolato, Guy. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

A histeria – teórica e clinica psicanalítica. Nasio, J. D. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1991.

A lei do triunfo. Hill, Napoleon. (1999). 19. ed. Rio de Janeiro: José Olympio.

A origem da família, da propriedade privada e do estado. Engels, Friedrich. São Paulo: Global, 1986, 3. ed.

A programação Neurolinguística e o sucesso nos negócios. Sue Knight. Ediouro.

A semente da Vitoria. Nuno Cobra. Senac – SP.

Aprendendo a silenciar a mente. Um caminho para paz, alegria e criatividade. Osho. Sextante.

Arquétipos Junguianos: A espiritualidade na meia-idade - Anne Brennam e Jaime Brewi

Como apresentar suas ideias em 30 segundos ou menos. Frank Milo O. Editora Record.

Comportamento do consumidor. Eliane Karsaklian. Editora Atlas.

Criando magia. Cockerell, Lee. Tradução de Ana Carolina. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.

Criando união. O significado espiritual dos relacionamentos. Eva Pierrakos. Editora Cultrix.

Counseling – uma nova profissão de ajuda.Marcela Danon. Editora Iates.

Deus quer que você enriqueça. A teologia da economia. Paul Zane Pilzer. Record.

Em busca de sentido - Victor E. Frankl.

Empresas feitas para vencer. Collins, Jim. Tradução de Maurette Brandt. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

Ética, Valores Humanos e Transformação.Lia Diskin. et al. Editora Fundação Peiropolis.  

Freud e o problema do poder. Roztchner, Leon, tradução de Marta Maria Okamoto e Luiz Gonzaga Braga, São Paulo: Escuta, 1989.

Liderança, o poder e a perversão nas empresas familiares. Fockink, Harry G. Porto Alegre: Sulina, 1998.

Meu primeiro milhão. Charles – Albert Poissant e Christian Godefroy.

Microfisica do Poder. Foucault, Michel. 19. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

Moda e Inconsciente: olhar de uma psicanalista - Pascale Navarri.

Moda e sexualidade feminina - Maria Jose de Souza Coelho.

Moda uma filosofia - Lars Svendsen.

Não, obrigado. Estou só olhando. Fridman. Harry J. Editora Makron Books.

Noções básicas de psicanálise: introdução à psicologia psicanalítica. BRENNER, Charles. 5.ed. Rio de Janeiro: Imago, 1987.

O 8º hábito – Da eficácia à grandeza. COVEY, Stephen R. São Paulo: Elsevier, 2005.

O caminho da autotransformação. Eva Pierrakos. Editora Cultrix.

O homem a procura de si mesmo. May, Rollo. (1971).  Ed. 13. Rio de Janeiro: Editora Vozes.

O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança. Hunter, James C. Sextante.

O manual da mãe judia. Dan Greenburg. Editora 34.


O monge que vendeu sua Ferrari. Sharma, Robin S. Fontanar


O prazer de ler Freud. Nasio, J. D. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1999.

O que é a angústia. Gaiarsa, André. São Paulo: Brasiliense, 1999. (Primeiros Passos).

O Segredo de Luisa. Fernando Dolabela. Sextante.

O segredo. Byrne Rhonda. Ediouro.

O seu dinheiro. Dayton, Howard. Tradução de Elaine Carneiro D. Sant´Ana. São Paulo: Bress, 2002.

O sucesso está no equilíbrio. Wong, Robert. (2006). Rio de Janeiro: Elsevier.

O vendedor minuto. Johnson, Spencer; Wilson e Larry. Editora Record.

Os 7 hábitos das pessoas muito eficazes. Covey, Stephen R. Editora Best Seller.

Os segredos da mente milionária – aprendendo a enriquecer mudando seus conceitos sobre o dinheiro. Eker, T. Harv. Sextante.

Os Segredos Dos Homens Mais Ricos do Mundo - Realize Seus Sonhos Impossíveis - Scott, Steven K.

Pai Rico Pai Pobre - Kiyosaki, Robert T.- Editora: Campus.

Pense e enriqueça. HILL Napoleon. Tradução de Ruy Julgmann. Rio de Janeiro: Rocerde, 2000.

Personal branding. Construindo sua marca pessoal. Arthur Bender.

Poder e amor: a micropolítica das relações. Echenique, Marta; Fassa, Maria Elizabeth Gastal. São Paulo: Aleph, 1992.

Praticando o poder do AGORA. Eckhart Tolle. Sextante.

Salomão, o homem mais rico que já existiu. Steven K. Scott. Sextante.

Se tiver pressa, ande devagar. Prof. Dr. Lotharj J. Seiwert. Editora Fundamento.

Ser e Fazer Sucesso. Giril-lene Cândida Machado; Lauro Milhomem Coutinho. Kelps.

Somente para mulheres – saiba o que passa na cabeça dos homens. Shaunti Feldhahn. Sextante.

Sucesso em vendas com PNL. Joseph O’Connor e Robin Prior. Summus Editorial.

Teoria Psicanalítica das Neuroses - Otto Fenichel

Ter ou Ser? Fromm, Erich. 4ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 1987.

03/11/2012

Liderança - iniciativa que faz a diferença


É própria de cada ser humano a forma especifica de agir. Algumas pessoas estão sempre dispostas e envolvidas com projetos e atividades de interesse pessoal, da empresa e da comunidade em geral, outras fazem, quando fazem, estritamente as atividades que lhes são delegadas.

Tipo de colaborador:

Dependente - está sempre precisando de ajuda. Compromete o tempo do líder e o resultado da equipe.

Independente - conseguem agir corretamente com uma leve supervisão. O egoísmo pode ser um fator limitador do resultado pessoal da liderança e da equipe. Este tipo tem dificuldade em reconhecer a importância e contribuição dos outros.

Interdependente - busca permanentemente a interação com os demais, julga o trabalho em equipe mais produtivo e menos estressante.

O líder interage com diferentes tipos de pessoas e precisa ser sensível para entender e perceber a singularidade de pensamento, sentimento e motivação de cada um, só assim, poderá conduzi-las harmoniosamente em equipe, com foco no resultado e no bem estar do ser humano.


DEMOCRÁTICO:

Aberto para inovações e aproveita as contribuições dos membros da equipe ou grupo. Os controles usados por são objetivos e suficientes para manter a ordem e garantir a qualidade das atividades e produtos.

 
Em ação:

Coordena o trabalho dos liderados.

Inspira os liderados na tomada de decisões inteligentes e produtivas.

Esclarece os objetivos e metas como forma de motivação dos liderados em cumpri-las.

Procura ajudar tornar produtivas as atividades de cada liderado.

Avalia com a participação dos liderados os resultados obtidos.

 
Apropriado ao tipo de individuo que:

Naturalmente colabora com a equipe e com o líder.

Cumpre os objetivos e metas estipuladas, sem a necessidade de pressão da equipe e do líder.

Está adaptado em si mesmo, na função, ao ambiente, na equipe e liderança.
 

AUTOCRÁTICO:

Fechado, impõe regras e controles rígidos a equipe ou grupo. Fechado para as novidades, não deixa espaço para o uso da criatividade na melhoria de produtos, serviços e ambiente de trabalho. Incapaz de delegar tarefas e atividades. Normalmente paternalista.

Em ação:

Dá ordens.

Fiscaliza o cumprimento das ordens.
 

Apropriado ao tipo de individuo que:

Tem dificuldade de colaborar com a equipe e com o líder.

Produz sob pressão da equipe e do líder.

Pouco adaptado em si mesmo, na função, ao ambiente, na equipe e liderança.
 

LIVRE
Deixa a equipe ou grupo livre para agir, apenas supervisiona o andamento das atividades.

É aberto a criatividade e novos experimentos, a forma de atuação, prazos e resultados são previamente definida, deixando livre a maneira de agir de cada um.
 
Em ação:

Distribui tarefas.

Fornece informações, quando solicitadas.

Analisa resultados apresentados.
 

Apropriado ao tipo de individuo que:

Trabalha com objetivos e metas estabelecidas e exige o mínimo de orientação e supervisão.

Criativo e usa a inteligência como ferramenta de melhoria da competitividade.

Prefere trabalhar individualmente, pois habilidades e conhecimento sobre o assunto são suficientes para colaborar com a definição de resultados e prazos.
 


Estilo:                                   Atitude:

Líder Medíocre                     Manda
Bom Líder                             Explica
Grade líder                           Demonstra
Líder Supremo                     Inspira

Os sete “MAIS” de um líder:

Visão
Ética
Ação
Amor
Coragem
Agilidade
Realismo.
 

Advertência em público.

Demora na tomada decisão que afeta os resultados esperados.

Pouca ou nenhuma orientação.

Excesso de cobrança.

Falar mal de um liderado para o outro.

Favoritismo em relação a alguns liderados.

Ignorar ou não elogiar o trabalho dos liderados.

Inexistência de prazos para cumprimento de objetivos e metas.

Instrução deficiente, muito generalizada ou incompleta.

Não confiar em seus liderados.

Recusar-se a admitir seus erros.

Transferir para os liderados os erros da liderança.
 

“Não pode tornar-se um líder aquele que não consegue confiar em seus subordinados e delegar responsabilidades aos respectivos encarregados. Não há necessidade alguma de um gerente ir ao correio enquanto o continuo fica sem fazer nada. À cabeça compete pensar e às pernas, andar. Aquele que sendo “cabeça” executa a tarefa das “pernas” não poderá tornar-se um grande líder”. Masaharu Taniguchi

 

Fases do desenvolvimento humano


O desenvolvimento humano é objeto de pesquisa que passa de geração a geração, cada estudioso de todas as áreas do conhecimento procura estabelecer parâmetros que possam nortear o homem na busca do conhecer-se e como melhor conviver com o semelhante.
Freud, dentre os estudiosos, foi quem decisivamente, a um século atrás, propôs como base de sua teoria, que a vida adulta de cada indivíduo, está diretamente ligada ao seu desenvolvimento e formação sexual infantil.
Esclareceu que o adulto é o sujeito nascido criança, que trouxe consigo a a mesma sexualidade que move o adulto para seus alvos atuais. Quando criança, apenas tinha desejos e alvos diferentes. Aprimorados ou redirecionados pela passagem inconsciente por cada fase de seu desenvolvimento psicossexual. Demonstradas individualmente no texto a seguir. “Creio, pois, que a amnésia infantil, que converte a infância de cada um numa espécie de época pré-histórica e oculta dele os primórdios de sua própria vida sexual, carrega a culpa por não se dar valor ao período infantil no desenvolvimento da vida sexual” (FREUD, Vol. VII - traduzido 1996, p.165).
A demonstração de que a criança detinha impulsos eróticos e que deles se servia, causou grande desconforto para os estudiosos, que mantinham a criança em lugar reservado ao angelical, desprovido de qualquer aspecto que lhe associasse ao ato que o gerou e permitiu-lhe o nascimento.
            Segundo Freud, existe rupturas no período de latência da criança:
As constatações extraordinariamente amiudadas de moções sexuais pretensamente excepcionais e anormativas na infância, bem como a revelação das lembranças infantis do neurótico, até então inconscientes, talvez permitam traçar o seguinte quadro das condutas sexuais da infância:
Parece certo que o recém-nascido traz consigo germes de moções sexuais que continuam a se desenvolver por algum tempo, mas depois sofrem uma supressão progressiva, a qual, por sua vez, pode ser rompida por avanços regulares do desenvolvimento sexual ou suspensa pelas peculiaridades individuais. Na se sabe ao certo sobre a regularidade e a periodicidade desse curso oscilante de desenvolvimento. Parece, no entanto, que a vida sexual da criança costuma expressar-se numa forma acessível à observação por volta dos três ou quanto anos de idade. (Vol. VII - traduzido 1996, p.166).
A demonstração da sexualidade infantil feitas por Freud , por certo causa maior alvoroço e desconforto, por se tratar de um assunto que já incomodava. Como relata Bacha (2002, p. 77) “embora Jesus já tivesse visto na criança um modelo de pureza a conservar, a repugnância ao infantil dominará a teologia, a pedagogia e a filosofia até o inicio do século XVIII, quando sua inocência será enfim “descoberta”, ou sua malignidade encoberta”.
Bacha, contribuindo com as conclusões de Freud no esclarecimento da sexualidade, que arremete de vez a criança para seu lugar de sujeito, que traz consigo uma elevada carga de sentimentos e ressentimentos decorrentes de sua existência, proveniente de sua geração:
Não é só por sua origem que a criança é um ser do pecado. Sua natureza irracional ou sensível faz dela um ser entregue às tentações: os sentidos são a porta de entrada da sensualidade, do prazer e das paixões (“Logo que viu o sangue [do gladiador], bebeu simultaneamente a crueldade”): “Sendo a saúde o motivo do comer e beber, o prazer junta-se a esta necessidade, como um companheiro perigoso [...]. Muitas vezes não se vê bem ao certo se é o cuidado necessário do corpo que pede esse esforço do alimento, ou se é a voluptuosa e enganosa sensualidade que exige ser servida [...]. Não receio a impureza do alimento, mas temo a imundície do prazer” (cf. Agostinho, 1980a: 400, X). (2002, p. 74).
No tocante a organização pulsões sexuais infantil, Freud destaca a existência de três áreas predominantes da zona erógena: fase oral – com a predominância d a boca; fase anal – com a predominância do ânus e a fase fálica – com a predominância do órgão genital.  

     Fase Oral


A fase oral compreende o período inicial da vida do bebê, predominantemente de 0 a 18 meses. Como nesta fase a zona erógena da criança é a boca, o ato de sugar tem dois objetivos, a satisfação pela alimentação obtida do seio da mãe e, sobretudo o prazer, pela movimentação dos lábios, língua e palato.
Sobre as fases sexuais infantil, Nasio (1999, p. 61) faz a seguinte contribuição:
O objeto da pulsão oral não é, portanto, o leite que ingere como alimento, mas o afluxo de leite quente que excita a mucosa, ou então o mamilo do seio materno, a mamadeira e, algum tempo depois, uma parte do próprio corpo – na maioria das vezes, os dedos e, em especial, o polegar, que são, todos eles, objetos reais que mantém o movimento cadenciado da sucção. E que são, todos, objetos-pretexto nos quais as fantasias se enxertam. Quando observamos uma criança que chupa o polegar bem apoiado contra a concavidade do palato, com seu olhar sonhador, deduzimos que, nesse momento, ela está experimentando – psicanaliticamente falando – um intenso prazer sexual.
  Sobre o ato de sugar da criança, representado não somente o objetivo de alimentar-se, mas também de atingir prazer sexual, Freud (Vol. XII, tradução 1996, p. 169), relata:
O chuchar [...], que já aparece no lactente e pode continuar até a maturidade ou persistir por toda a vida, consiste na repetição rítmica de um contato de sucção com a boca (os lábios), do qual está excluído qualquer propósito de nutrição. Uma parte dos próprios lábios, a língua ou qualquer outro ponto da pele que esteja ao alcance – até mesmo o dedão do pé – são tomados como objeto sobre o qual se exerce essa sucção. Uma pulsão preênsil surgida ao mesmo tempo pode manifestar-se através de puxadas rítmicas simultâneas do lóbulo da orelha e apoderar-se de uma parte de outra pessoa (em geral, a orelha) para o mesmo fim. O sugar com deleite alia-se a uma absorção completa da atenção e leva ao adormecimento, ou mesmo a uma reação motora numa espécie de orgasmo.  Não raro, combina-se com a fricção de alguma parte sensível do corpo, como os seios ou a genitália externa. Por esse caminho, muitas crianças passam do chuchar para a masturbação.
Para Gaiarsa (1999)  a fixação libidinal na fase oral envolve um comportamento adulto marcado pela voracidade. A criança que durante seus primeiros meses de vida, sofre com o descuido, não sintetiza direito sua primeira experiência libidinal – pode resultar no adulto que tudo espera dos outros e nada de si mesmo. É o sujeito voraz, cujo prazer é ainda muito parecido com o prazer do nenê – estar mamando, continuamente engolindo.
A esse respeito Freud, (1996, Vol. XII, tradução, p. 171), disse:
[...], a inferioridade dessa segunda região a levará, mas tarde, a buscar em outra pessoa a parte correspondente, os lábios. (“Pena eu não poder beijar a mim mesmo”, dir-se-ia subjazer a isso.).
Nem todas as crianças praticam esse chuchar. É de se supor que cheguem a faze-lo aquelas em quem a significação erógena da zona labial for constitucionalmente reforçada. Persistindo essa significação, tais crianças, uma vez adultas, serão ávidas apreciadoras do beijo, tenderão a beijos perversos ou, se forem homens, terão um poderoso motivo para beber e fumar. Caso sobrevenha o recalcamento, porém, sentirão nojo da comida e produzirão vômitos histéricos. Por força da dupla finalidade da zona labial, o recalcamento se estende à pulsão de nutrição.
A fixação na fase oral pode apresentar como uma possível consequência, a dificuldade do indivíduo de organizar a própria vida. Normalmente não termina ou não completa, o que começa. Procura centrar nele, rotinas e decisões simples e complexas. 

      Fase Anal

A fase anal compreende o segundo período de vida da criança, predominando entre 2 e 3 anos de idade. Nesta fase a zona erógena da criança é o orifício anal. “Tal como a zona dos lábios, a zona anal está apta, por sua posição, a mediar um apoio da sexualidade em outras funções corporais” (FREUD, Vol. XII, tradução 1996, p. 175).  O defecar passar a representar o prazer sexual de reter e as fezes e depois expulsá-las. “A excitação sexual da mucosa anal é provocada, antes de tudo, por um ritmo particular do esfíncter, quando ele se contrai para reter e se dilata para evacuar” (NASIO, 1999, p. 62). 
Segundo Gaiarsa (1999) essa fase é marcada pelo movimento estrutural das diferenciações e pelo movimento libidinal dos desejos. Na área estrutural, a criança vive um processo de diferenciação em relação ao outro. É a fase em que ela testa continuamente a divergência entre a sua vontade e a dos pais. Passa o dia testando o adulto até ouvir um não. Não sobe aí, não pega a faca, não toca no vaso.
Sobre este aspecto Freud (Vol. XII, p. 175), faz a seguinte descrição:
Os distúrbios intestinais tão frentes na infância providenciam para que não faltem a essa zona excitações intensas. Os catarros intestinais na mais tenra idade deixam a criança “nervosa”, como se costuma dizer; no adoecimento neurótico posterior, eles têm uma influencia determinante na manifestação somática da neurose e colocam à disposição dela toda a soma das perturbações intestinais. Considerando-se a significação erógena da zona rectal, que se preserva ao menos em sua transmutação, tampouco podemos rir da influencia das hemorróidas, às quais a medicina antiga atribuía tanta importância no esclarecimento dos estados neuróticos.
As crianças que tiram proveito da estimulabilidade erógena da zona anal denunciam-se por reterem as fezes até que sua acumulação provoca violetas contrações musculares e, na passagem pelo ânus, pode exercer uma estimulação intensa na mucosa. Com isso, hão de produzir-se sensações de volúpia ao lado das sensações dolorosas. Um dos melhores presságios de excentricidade e nervosismo posteriores é a recusa obstinada do bebê a esvaziar o intestino ao ser posto no troninho, ou seja, quando isso é desejado pela pessoa que cuida dele, ficando essa função reservada para quando aprouver a ele próprio. Naturalmente, não é que lhe interesse sujar a cama; ele está apenas providenciando para que não lhe escape o dividendo de prazer que vem junto com a defecação.
Ainda segundo Gaiarsa (1999), o caráter anal tem como origem à educação que não permite a espontaneidade da criança. Podendo está presente no adulto, que na infância não lhe foram dadas às condições e espaço para que se organizasse em conformidade com desejos latentes e usando os meios julgados apropriados. Tendo como possíveis consequências à ansiedade dos pais, normalmente pressionados para organizar a criança, popularmente falando, botá-la na linha.
A fixação na fase anal, pode representada pela excessiva preocupação com a ordem e a limpeza. Sendo comum o indivíduo reclamar da bagunça no trânsito, da corrupção na política, da desordem em sua empresa. O vocabulário é normalmente recheado de palavras ligadas a fezes. Predomina a rigidez, sensibilidade e flexibilidade não são essenciais, quando se trata da busca de solução para questões ligadas ao indivíduo fixado na fase anal. Chegar no horário é mais importante do que o custo que isso possa representar. Assiduidade e pontualidade são mais importantes que o resultado obtido.
O adulto originado da criança com fixação na fase anal, busca como forma de proteção a perfeição em tudo que faz, a característica de perfeccionista vem da preocupado em evitar o erro. O prazer de expelir foi e continua reprimido. Em função disso, o indivíduo vive em torno do certo e do errado, sem condições de se resolver, sua vida é marcada pelo dilema infindável, da busca de segurar as coisas e manter o mundo limpo.
Para o adulto com fixação na fase anal, o poder oferece a possibilidade de restabelecer o domínio sobre os demais, reeditando as relações primárias com seu objeto de desejo, sua mãe, que o incentivava na realização de sua produção genuína, as fezes. A mãe, espectadora e desejante do produto (as fezes) e a criança detentora do poder, e da exclusividade de produzi-lo. Desta forma, manter alguém sob constante incerteza e a espera de suas ordens e recomendações, pode ser uma maneira inconsciente de retorno ao poder de reter. Podendo também está representada a regressão ou fixação na fase anal nas atitudes de exigências exageradas com a ordem, retenção de processos, documentos, ações de devassas e punições sem necessidade aparente.
Freud (Vol. XII, traduzido 1996, p. 176) ressalta ainda que:
A retenção da massa fecal, a principio intencionalmente pratica para tirar proveito da estimulação como que masturbátoria da zona erógena, ou para ser empregada na relação com as pessoas que cuidam da criança, [...]. Além disso, o sentido pleno da zona anal espelha-se no fato de encontrarem muito pouco neuróticos que não tenham seus rituais escatológicos especiais, suas cerimônias e coisas similares, por eles cuidadosamente mantidos em segredo. 

     Fase Fálica

A fase fálica compreende o último período do desenvolvimento sexual da vida da criança, predominando entre 3 e 5 anos de idade, pressupõe a organização genital definitiva. Na fase fálica o órgão genital masculino (pênis), tem papel preponderante. Na menina o clitóris, foi considerado por Freud, como atributo fálico e fonte excitação. Como acontece nas fases anteriores o objeto real é a base para o objeto fantasiado. Quando o clitóris e o pênis são objetos reais de suporte a um objeto fantasiado, denominado de falo. Assim, não é o órgão peniano que prevalece, nessa fase, mas sua fantasia como órgão, colocado como símbolo do poder. “Quanto ao poder sexual, ele resulta nessa fase das carícias masturbatórias e dos toques ritmados das partes genitais, tão ritmados quanto podem ser os movimentos alternados da sucção no prazer oral e os da retenção/expulsão no prazer anal. No começo dessa fase fálica, meninos e meninas acreditam que todos os seres humanos têm ou deveriam ter “um falo” (NASIO, 1999, p. 63).
Sobre a fase fálica Freud (Vol. XII, p. 176), relata que:
Entre as zonas erógenas do corpo infantil encontra-se uma que decerto não desempenha o papel principal nem pode ser a portadora das moções sexuais mais antigas, mas que está destinada a grandes coisas no futuro. Nas crianças tanto de sexo masculino quanto feminino, está ligada à micção (glande, clitóris) e, nas primeiras, acha-se dentro de uma bolsa de mucosa, de modo que não pode faltar-lhe a estimulação por secreções que aticem precocemente a excitação sexual. As atividades sexuais dessa zona erógena, que faz parte dos órgãos sexuais propriamente ditos, são sem dúvida o começo da futura vida sexual “normal”.
Na passagem entre as fases anal e fálica surge um tipo chamado de perverso: divido por Gaiarsa (1999)  em três grupos: Passivo, Masoquista e Fálico. 

Passivo
Para o autor, o passivo próprio do indivíduo interditado da manifestação real de seus desejos, frente às ocorrências normais e cotidianas da vida. Sendo os caracteres perversos derivados da relação intensa da criança com um dos pais. Normalmente a mãe. Busca o modelo de ser humano ideal – para a mãe. Procura o tempo todo fazer média com seus pares, como forma de defesa e encobrimento de fonte de agressividade. Quando adulto chega ao ponto de se colocar a disposição para ficar com as crianças para os outros irem ao cinema e não esquece a data de aniversario de nenhum amigo.
Qualquer tipo de violência pode ser fonte de angústia. Prefere pedir desculpa, mesmo quando tem razão, com o objetivo de evitar situações desagradáveis e com conotação agressiva. Brigar pode ser é uma forma de contrariar a mãe, sua grande amiga e protetora, com a condição dele fazer o que ela quer.  

Masoquista 
Gaiarsa (1999) relata que próximo ao passivo existe o masoquista, possivelmente o tipo que merece maior cuidado do grupo, que resulta de uma educação apreensiva. Por ingenuidade ou por desejo consciente a mãe produz um filho “bonzinho”, condicionado para não ter iniciativa.
Costuma-se dizer que o masoquista encontra prazer na dor. Porém, não existe prazer na dor. O que ocorre é que o masoquista está proibido de ter iniciativa, com isso ele sofre por não poder alterar as condições impostas e que eventualmente se encontra. Ele sofre com a imobilidade que se obriga e acumula muito ódio contra a mãe, que para ele é a responsável pela sua proibição de agir. Busca os castigos físicos e morais como forma de amenizar a ansiedade que toma conta de seu ser, proveniente do ódio da mãe. Ódio que gera sentimento de culpa.
Sente ódio por tomar iniciativa para se livrar daquilo que lhe incomoda. O sofrimento originado do ódio e da culpa é transformado em penitencia. Um indivíduo acometido de asma que aceita trabalhar em um ambiente impróprio para sua condição, ganhando valor insuficiente para sua manutenção e aquisição da medicação necessária ao alivio das crises provocadas pela asma.
A lamúria e a queixa também são características do masoquista, se alguém lhe perguntar como vai, ele descreve rapidamente e com riqueza de detalhes todos os males e dores que está sentido. Quem sabe com a intenção ou esperança de que a pessoa autorize que ele tome uma iniciativa, mesmo tendo a convicção de que não irá fazer. 

         Fálico
Gaiarsa (1999) esclarece que o termo “falos” vem do grego e quer dizer pênis. O autor explica que o tipo perverso forma-se a partir da relação específica com a mãe. Assim, o acordo do fálico é de que não se deixará penetrar. Mas constituindo-se numa espécie de pênis ambulante, eterno movimento penetração, domínio e conquista.
Busca permanentemente o status, em considerar e interagir com os valores do grupo de pessoas que está inserido. Procura ser o exemplo de valor para o grupo. Neste caso, se o grupo valoriza a humildade, ele se transforma no ser mais humilde que se possa imaginar. Transforma-se em conjunto de símbolos sociais, não obrigatoriamente ligados ao dinheiro, mas ao status.
Deixa transparecer a impressão de um indivíduo acolhedor, articulado e produtivo. Tem ideias, sonhos viáveis, comumente, procura vestir-se elegantemente, seus valores sociais são sempre exclusivos, negação do outro. Lugares com possibilidades de repercussão social, são pontos ideias e perseguidos para fazer-se presente.
No poder, com o objetivo de fazer-se simpático e agradável, principalmente aos superiores e aos detentores dos meios de comunicação social, puxa para si todo e qualquer resultado obtido pela equipe, mesmo que sua participação tenha sido de forma insipiente ou nula. Briga por fazer frente à divulgação dos resultados, pois, aproveita a oportunidade para se manter ativo nas variadas frentes de trabalho. Na busca de seus objetivos de visibilidade social não mede esforços e nem faz restrição ao tipo de armas e atitudes a serem usadas, desde que ele seja sempre beneficiado.
Quando se trata de resultados negativo, usa todos os tipos de truques para se safar, é um mestre na arte da “caça as bruxas”, encontrar alguém para assumir a culpa, que eventualmente possa recair sobre ele.

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