27/12/2013

O que é o processo Coaching?


A história do Coaching começou a ser escrita há alguns séculos na Grécia Antiga, por alguns importantes filósofos da época: Sócrates, Platão e Aristóteles. Embora eles não usassem o termo "coaching", faziam uso de um processo de perguntas que levava as pessoas a refletirem sobre as respostas desejadas, possibilitando novos entendimentos, consequentemente novas opções. Isso é o a base do Coaching. Fazer perguntas poderosas que ampliem a consciência e que levem a pessoa a ter novas percepções, é uma das principais habilidades que um Coach tem que ter.

Ainda no processo histórico, em 1500, o termo Coach foi utilizado para nomear os condutores de carruagem, pessoas responsáveis em levar uma pessoa de um ponto “A’” até um ponto “B”.

Na Década de 70, o americano Timothy Gallwey, foi um dos pioneiros no desenvolvimento dos conceitos de Coaching, obtendo grande destaque como orientador de tenistas e golfistas famosos. Para a época, seu método foi considerado revolucionário, pois levou os atletas a se destacarem, e a diferença estava em trabalhar não somente aspectos técnicos do jogador, mas também aspectos comportamentais, em especial o que eles pensavam e o seu nível de concentração.

A partir de 1980, com a expansão do Vale do Silício, o Coaching entra no mundo organizacional como um processo de realização de metas e se consolida como profissão no mundo dos negócios e, desde então, cada vez mais, indivíduos e organizações reconhecem o valor de um Processo de Coaching para melhoria de performance, alcance de equilíbrio e resultados extraordinários.

Nos últimos anos, o Coaching, um processo que pode ser realizado individualmente ou em times, vem ganhando credibilidade e conquistando respeito e reconhecimento em diferentes partes do mundo, incluindo o Brasil, onde tem sido cada vez mais procurado por pessoas e organizações. O Sucesso do Coaching, está associado ao fato de oferecer excelentes benefícios, especialmente economia de tempo e retorno do investimento traduzido em resultados.

Vale ressaltar que:

·         Nos EUA, 22% das pequenas empresa utilizam algum tipo de Coaching e a projeção garante um aumento de 50% nos próximos anos. (Infinita Research).

·         Um estudo publicado no Public Personnel Management Journal, conclui que profissionais que participaram de treinamentos gerenciais aumentaram em 22,4% sua produtividade. E aqueles que tiveram Coaching, após esse mesmo treinamento, aumentaram sua produtividade em 88%.

·         Segundo a Revista Fortune, mais de 40.000 Executivos possuem Coaches nos Estados Unidos.

·         Um mercado de 2,4 bilhões de dólares (só nos Estados Unidos) cresce 18% ao ano de acordo com o Market Data Report.

·         88% das Organizações no Reino Unido utilizam Coaching de acordo com a Bristol University.

·         Em países como a Austrália, 70% das empresas contratam Coaches.

·         Estudos da "FastCompany.com" relatam que:

·         43% dos CEO’S e 71% dos Altos Executivos já trabalharam com um Coach

·         63% das Organizações tem planos de aumentar a utilização de Coaching

·         93% dos Líderes que atuaram com Coches, planejam recontratar ou continuar os trabalhos.

·         De acordo com o "The Economist", o Executive e Bussiness Coaching crescem 40 % ao ano.

 

Lauro Milhomem Coutinho

Personal Coach

A lição de equipe e liderança dos gansos


 
No outono, quando se vê bandos de gansos voando rumo ao Sul, formando um grande “V” no céu, indaga-se o que a ciência já descobriu sobre o porquê de voarem desta forma. Sabe-se que quando cada ave bate as asas move o ar para cima, ajudando a sustentar a ave imediatamente de trás. Ao voar em forma de “V”, o bando se beneficia de pelo menos 71% a mais de força de voo do que uma ave voando sozinha.

Sempre que um ganso sai do bando, sente subitamente o esforço e a resistência necessários para continuar voando sozinho. Rapidamente, ele entra outra vez em formação para aproveitar o deslocamento de ar provocado pela ave que voa imediatamente à sua frente.

Quando um ganso líder se cansa, ele muda de posição dentro da formação e outro ganso assume a liderança.

Os gansos de trás gritam encorajando os da frente para que mantenham a velocidade.

Quando um ganso fica doente ou é ferido, dois gansos saem da formação e o acompanham para ajuda-lo e protege-lo. Ficam com ele até que consiga voar novamente ou até que morra. Só então levantam voo sozinhos ou em outra formação, a fim de alcançar seu bando.

 

Reflexão:

Muita coisa seria diferente nos relacionamentos e resultados pessoais, familiares e empresariais se os humanos praticassem as lições dos gansos.

16/12/2013

O brasileiro é o profissional mais estressado do mundo


O brasileiro é o profissional mais estressado do mundo, segundo pesquisa realizada pela consultoria de recrutamento Robert Half.

Motivo principal é o excesso da carga de trabalho. Fadiga mental, mudança de humor e alteração de peso são consequências.

A pressão por resultados, o excesso de trabalho e a falta de reconhecimento são fatores que tornam os profissionais brasileiros os mais estressados do mundo. A pesquisa foi feita em 13 países com diretores de grandes empresas.

No Brasil, 42% dos entrevistados afirmaram que os funcionários enfrentam estresse e ansiedade, número muito acima da média mundial, que é de 11%. Os dados do Ministério da Previdência confirmam o problema: desde 2010 houve um aumento de 41,9% no número de afastamentos causados por estresse grave e dificuldade de adaptação.

“O que no passado era feito por 10,15 trabalhadores, hoje é feito por um, dois ou três. Então, há um aumento da sobrecarga mental, da responsabilidade no ambiente de trabalho e isso também gera adoecimento mental. Isso também agrava as funções psicológicas e mentais do trabalhador”, analisa Marco Antonio Peres, diretor do Departamento de Políticas de Saúde Ocupacional do Ministério da Previdência.

Entre os sintomas causados pelo estresse estão: a fadiga mental, quando a pessoa dorme e acorda cansada, a mudança repentina de humor e a alteração de peso (tem gente que engorda ou emagrece em pouco tempo).

Em Curitiba, uma montadora criou estratégias para diminuir os efeitos da pressão por resultados, como horário flexível, academia de ginástica e aulas de dança para os funcionários.

O investimento da empresa na qualidade de vida dos trabalhadores se reflete diretamente nos resultados da montadora. Como funcionário feliz rende mais e trabalha melhor, na empresa não há afastamentos por estresse. Bom para os dois lados, empresa e empregado.

Jornal Hoje – Rede Globo - Edição do dia 16/12/2013

http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2013/12/brasileiro-e-o-profissional-mais-estressado-do-mundo-revela-estudo.html

11/12/2013

Narcisismo


Segundo Fromm, “o narcisismo, pode, assim, ser descrito como um estado da experiência em que só a própria pessoa, seu corpo, suas necessidades, seus sentimentos, seus pensamentos, seus atributos, tudo e todos que lhe pertençam são experimentados como plenamente real, enquanto tudo e todos que não formam parte da sua pessoa ou não constituem objeto de suas necessidades não são tidos como interessantes, não são plenamente reais, são percebidos apenas por meio de um reconhecimento intelectual, enquanto afetivamente sem peso e sem cor.

Uma determinada pessoas, na medida em que seja narcisista, tem um modelo duplo de percepção. Só ela e o que lhe pertença têm significação, enquanto que o resto do mundo mostra-se mais ou menos sem peso ou sem qualquer colorido. Devido a esse modelo duplo, a pessoa narcisista exibe graves defeitos de julgamento e mostra-se carente frente à objetividade.

Frequentemente, a pessoa narcisista consegue um senso de segurança em sua convicção subjetiva quanto à sua perfeição, a sua superioridade sobre os outros, às suas qualidades extraordinárias, e não como resultado de seu relacionamento com os outros, ou através de qualquer trabalho real ou realização devida apenas a seus méritos. Precisa agarrar-se à sua própria imagem narcisista, uma vez que o seu senso de valor assim como sua identidade estão baseados nela. Se o narcisismo é ameaçado, a pessoa vê-se ameaçada numa área vitalmente importante. Quando os outros ferem o seu narcisismo, ao desfeitearem a pessoa, criticando-a, expondo-a, quando disse alguma coisa errada, batendo-a num jogo qualquer ou em numerosas outras oportunidade, a pessoa narcisista geralmente reage com ódio intenso ou com raiva, mostre ou não isso ou tenha mesmo dela consciência. A intensidade dessa reação agressiva pode ser vista, frequentemente, no fato de que uma pessoa assim nunca perdoará alguém que lhe tenha ferido o narcisismo e geralmente sente um desejo de vingança que seria menos intenso se o seu corpo ou suas qualidades não tivessem sido atacadas.

A maioria das pessoas não tem consciência de seu próprio narcisismo, mas apenas das manifestações que não o revelam. Dessa forma, por exemplo, sentem admiração desordenada pelos pais ou pelos filhos, e não sentem qualquer dificuldade em expressar esses sentimentos porquanto um comportamento desse tipo é geralmente julgado positivamente como piedade filial, afeição paterna, ou lealdade; mas se tivessem de expressar os sentimentos a respeito de si próprias, de modo a dizerem que “Sou a pessoa mais maravilhosa do mundo”, “Sou melhor do que ninguém”, etc., ficariam suspeitas não apenas de serem extraordinariamente vãs,, como também de não serem perfeitamente sadias. Por outro lado, se alguém consegue realizar alguma coisa que encontra reconhecimento no campo da ciência, da arte, dos esportes, do mundo dos negócios, da política, sua atitude narcisista parece não apenas realista e racional, mas ainda constantemente alimentada pela admiração de terceiros. Nesses casos, pode dar plena liberdade ao seu narcisismo, porquanto o mesmo está socialmente sancionado e confirmado” (1987, p. 272-273).

O narcisista é parte integrante da vida familiar, social, política, religiosa e profissional, ocupa posições de destaque em todos os tipos de organizações. Focado apenas em si e nos seus, impede a fluidez das relações e consequentemente contribui para o surgimento de conflitos, que infectam os ambientes de tristeza, gerando disputas e sofrimento.

O narcisismo é tipicamente uma atitude infantil. A criança fechada em seu mundo não consegue dividir algo ou alguém, sem se perder.

Uma meta importante do ser humano é refletir constante sobre sua própria integridade e perceber que não perde nada e nem perde-se quando divide algo ou a companhia de alguém com outras pessoas. Ser um ativo porteiro do que pensa, sente e deseja é uma atitude positiva rumo a paz na convivência humana.

Mudar o mundo começa com a prática natural e diária de atos de amor e bondade.

Referência: FROMM, Erich. Anatomia da destrutividade humana. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1987.

 

Lauro Milhomem Coutinho

09/12/2013

O mundo tem mais pessoas descontentes do que felizes com o trabalho

Forbes Brasil
Susan Adams - ‎domingo‎, ‎20‎ de ‎outubro‎ de ‎2013

Se você vai trabalhar todos os dias desanimado e infeliz, saiba que não está sozinho. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo instituto Gallup, há no mundo muito mais funcionários desestimulados, que odeiam seus empregos, do que trabalhadores engajados, que amam seus trabalhos.

O instituto mede a satisfação profissional desde 1990. Até hoje, já foram entrevistados 25 milhões de trabalhadores em 189 diferentes países. A versão mais recente da pesquisa reuniu informações de 230 mil funcionários de tempo integral e parcial em 142 países.

Apenas 13% dos funcionários sentem-se estimulados em seus empregos. Isso significa que eles são apaixonados por suas atividades, possuem uma profunda conexão com seus chefes e passam seus dias levando inovação para as suas empresas.

A vasta maioria, cerca de 63%, estão “desestimulados”, o que significa que eles estão descontentes, mas não extremamente desanimados. Ou seja, eles investem pouca energia nas atividades profissionais.
Outros 24% estão na categoria que a Gallup chama de “ativamente desestimulados”, o que significa que eles odeiam o trabalho. Muitas vezes, fingem que trabalham e prejudicam os objetivos dos colegas.

Somando-se as duas últimas categorias, temos espalhados no mundo 87% de profissionais “emocionalmente desconectados de seus ambientes de trabalho e com pouca probabilidade de serem produtivos”.

Em outras palavras, o trabalho é mais uma fonte de frustração do que de satisfação para aproximadamente 90% dos trabalhadores no mundo. Isso significa que a maioria dos escritórios é menos produtivo do que poderia ser e os empregadores são menos propensos a criar novos cargos.

Para fazer seu levantamento, o Gallup reuniu 12 afirmações, às quais os entrevistados tinham que responder “sim” ou “não”. São elas:
1. Eu sei o que é esperado de mim no trabalho.
2. Eu tenho material e equipamento necessários para fazer meu trabalho corretamente.
3. No trabalho, eu tenho oportunidade de fazer o que sei de melhor todos os dias.
4. Nos últimos sete dias, recebi reconhecimento ou elogio por ter feito um bom trabalho.
5. Meu supervisor, ou alguém do trabalho, parece se preocupar com minha pessoa.
6. Há alguém no trabalho que incentiva minha evolução.
7. No trabalho, minha opinião parece contar.
8. A missão ou propósito da minha empresa me faz sentir importante profissionalmente.
9. Meus associados ou colegas estão engajados em fazer um trabalho de qualidade.
10. Eu tenho um melhor amigo no trabalho.
11. Nos últimos seis meses, alguém do trabalho falou comigo sobre meu progresso.
12. No último ano, eu tive oportunidade de aprender e crescer no meu trabalho.

No Brasil

O Brasil tem 27% de pessoas satisfeitas com suas profissões. Ainda assim, 62% estão descontentes e 12% odeiam suas atividades. Os números do país são melhores do que em qualquer outro lugar da Europa Ocidental.

Por exemplo, na França, apenas 9% realmente gostam de seus empregos, 65% estão descontentes e 25% odeiam a profissão. A Alemanha vai um pouco melhor, com 15% satisfeitos, 61% desestimulados e 24% que não gostam de suas ocupações.

Os maiores níveis de desestímulo estão no norte da África e no Oriente Médio. Isso parece previsível, devido à guerra civil na Síria. Cerca de 45% das pessoas estão extremamente descontentes com a profissão. A Argélia tem 53% de descontentes e a Tunísia, 54%.

As menores proporções de funcionários felizes estão na Ásia Oriental, onde, no geral, apenas 6% dos trabalhadores se sentem estimulados. Esse número vale para a China, onde apenas 6% dos funcionários estão felizes. Outros 68% estão em desanimados e 26% muito descontentes.

Os números no Japão surpreendem. Apenas 7% estão contentes com seus trabalhos e 69% estão desestimulados. Outros 24% odeiam suas profissões.

Os Estados Unidos, por sua vez, possuem uma das melhores estatísticas do mundo, com30% de trabalhadores contentes, 52% sem estímulo e 18% que odeiam suas atividades. Esses números não são ideais, mas estão acima da média.


Mas você quer saber onde os trabalhadores são realmente felizes? No Panamá. Lá, 37% das pessoas amam seus empregos, 51% estão desestimuladas e 12% infelizes com suas profissões.

Mandela: uma lição de liderança


Mandela deixa para a humanidade a grande lição sobre o ato de educar. Demonstrando com sua vivencia, que a educação não é apenas a transferência de conteúdo, mas sobretudo a viabilização de fatores que contribuem para a inserção do sujeito na condição humana.

Espera-se que o legado de Mandela desperte nas pessoas o sentimento de buscar incansavelmente a solução dos conflitos inerentes ao viver humano, sem ressentimento paralisante, com espirito desarmado de arrogância, superioridade ou inferioridade, pois, só assim, será possível a construção de caminho alternativo, que atenda às necessidades de ambas as partes. O caminho alternativo sempre é possível, quando o amor e a bondade são usados como meio para o fim desejado.

Educar é um projeto permanente na vida do ser humano, seja o sujeito, líder ou liderar, aluno ou professor. Julgar-se pronto é falta de sensibilidade para entender o que a vida tem por ensinar.

A educação verdadeira é a que coloca as relações humanas como fator principal, pois não adianta alguém conseguir todos os títulos que o diferencie profissionalmente, se tudo que aprendeu não o capacitou para entender que o ser humano é um ser afetivo e necessita do afeto, que funciona como combustível para as outras realizações pessoais. A realização afetiva, fruto dos relacionamentos é primaria na vida humana, sem ela, outras realizações não tem sentido.

O educar essencialmente humano, capacidade o ser a acolher, mesmo que apenas visualmente os demais. Tornar o outro invisível, algo comum nos corredores de empresas, escolas, universidades, clubes e outros pontos de convivência humana é uma maléfica forma de segregação presente na contemporaneidade.

A grande lição de Mandela: O líder precisa ser e demonstrar em ações e atitudes aquilo que espera dos outros. Este momento de tristeza pela sua partida pode ser uma oportunidade para que pais, professores, empresários, diretores, gerentes ou quem quer que esteja em um papel de comando, em todos os tipos de atividades que envolva ação humana, possa parar e refletir se suas ações estão focadas na agregação ou na segregação do afeto humano. Nuca é tarde para mudar, mas pode ser tarde para perdoar e receber o perdão de alguém. A culpa gerada pela sensação de não ter sido desculpado ou perdoado por uma atitude incoerente ou mesmo um erro reconhecidamente cometido é um fator aniquilante, que se manifesta em forma de crise, violência, vingança, isolamento, doença e morte.

Lauro Milhomem Coutinho

Psicanalista/Coach/professor