20/02/2013

As seis perfeições - a bussola da liderança


As seis perfeições são essenciais na prática da liderança, seja no lar, na empresa ou em qualquer atividade humana.

Generosidade
O líder que quer ficar com todos os méritos destrói a motivação das outras pessoas. Um dirigente deve ser muito generoso no reconhecimento dos méritos a quem de direito. A maioria dos lideres de organizações bem-sucedidas compõe-se, de fato, de pessoas modestas, que atribuem os bons resultados a suas equipes.

Disciplina ética
“A melhor maneira de um dirigente governar seu país é, em primeiro lugar, governar a si mesmo”.
Não é errado enriquecer se a riqueza for conquistada honestamente e sem prejudicar outras pessoas ou o meio ambiente, mas não é aceitável que o dirigente de uma empresa torne-se riquíssimo enquanto a própria companhia desmorona, fazendo os acionistas perderem suas economias e os trabalhadores, seus empregos.
 
Paciência
A paciência deve ser cultivada. É a única maneira de estarmos preparados para quando surgirem situações provocadoras, como a hostilidade, a crítica ou a decepção.

Esforço entusiasmado
O nível de entusiasmo depende da convicção pessoal, da importância dos objetivos que se deseja atingir e da motivação para chegar lá.
 
Concentração
Capacidade de concentrar toda a energia mental numa única questão. O líder ou pessoa incapaz de se concentrar não consegue focar sua mente, o que é essencial para aprimorar a qualidade de suas decisões.

Sabedoria
Consiste, essencialmente, em possuir a visão correta – a capacidade de enxergar as coisas como realmente são e de reconhecer que nada é permanente. Decidir o que tem de ser feito hoje para salvaguardar o futuro a longo prazo requer a visão e a conduta corretas.

 
Liderança para um mundo Melhor. Dalai-Lama e Laurens van den Muyzenberg

17/02/2013

O uso correto da riqueza


Com base na “lista de verificação” usada por Buda, veja se você faz uso correto das riquezas adquiridas. A melhor resposta é indicada entre parênteses, no final da questão:

 
  • Você adquiriu sua riqueza legalmente? (Sim).
  • Sua riqueza tem proporcionado felicidade apenas a você? (Não).
  • Sua riqueza também tem proporcionado felicidade a outras pessoas? (Sim).
  • Você tem compartilhado sua riqueza com outros? (Sim)
  • Você tem praticado boas ações com sua riqueza? (Sim)
    • Uma “boa ação” implica tornar outras pessoas felizes ou diminuir seu sofrimento.
  • Você é apegado a sua riqueza e apaixonado por ela? (Não, não sou)
    • “Apegado” significa que a pessoa torna-se avarenta e mesquinha. “Apaixonada” quer dizer que, por ser rica, ela se julga muito importante, acha que merece ser respeitada e acredita saber a resposta certa para todas as perguntas.
  • Você está atento aos perigos da riqueza? (Sim, estou)
    • “Atento” é um conceito importante no budismo. Significa que a pessoa está ciente do que acontece em sua mente. Reconhece quando a mente fica passional, mesquinha ou sovina e interrompe logo esse processo “iniciante”.
  • Você possui o discernimento que leva à liberdade espiritual? (Sim, possuo)
    • O “discernimento que leva à liberdade espiritual” refere-se à compreensão de que a riqueza pode aumentar ou diminuir por razões que não se pode controlar. Não há nada de errado em ficar feliz quando a riqueza aumenta, mas é errado ficar infeliz quando ela diminui.

Liderança para um mundo Melhor. Dalai-Lama e Laurens van den Muyzenberg

 

13/02/2013

Enriquecer de maneira correta


 
Buda ensinava que enriquecer corretamente era tão importante quanto usar a riqueza obtida de forma adequada, citando: “São boas e dignas de louvor as pessoas que buscam a riqueza por caminhos corretos e a utilizam para o bem e a felicidade delas mesmas e dos outros”.

 
Parábola atribuída a Buda, ele orienta:

Monges, existem três grupos de pessoas no mundo. Quais são eles? Os cegos, os que têm apenas um olho e os que têm dois olhos.

Quem são os cegos? Há neste mundo quem não tenha a visão que conduz à aquisição de riqueza ou o aumento da riqueza já obtida. Além disso, essas pessoas não têm uma visão que lhes permita saber quais são as ações que levam a resultados positivos, não sabem o que merece reprovação, o que é vulgar e o que é refinado, não sabem distinguir entre o bem e o mal. É isso que quero dizer com cego.

Quem é a pessoa de um olho só? É aquela que tem visão para adquirir riqueza, mas, fora isso, é idêntica ao cego. E quem são as pessoas de dois olhos? São as que têm visão para adquirir riqueza e capitalizá-la, as que têm a visão que lhes permite saber quais ações levam a resultados positivos e quais não o fazem, o que merece e o que não merece reprovação, o que é vulgar e o que é refinado, o que é bom e o que é mau. É a estas que chamo pessoas de dois olhos.

O cego é perseguido pelo infortúnio por duas razões: não possui riqueza e não pratica boas obras.

O segundo tipo de pessoa, aquela que tem um olho só, busca a riqueza, independentemente de esta ser certa ou errada. Ela pode ser obtida por meio do roubo, da trapaça ou da fraude. Essa pessoa goza dos prazeres dos sentidos por sua capacidade de fazer fortuna. Quem tem um olho só sofre conforme os seus atos.

A pessoa de dois olhos é um belo ser humano, que divide uma parte da riqueza obtida por meio do trabalho diligente. Tem ideias nobres, a mente resoluta e ficará livre do sofrimento. Evitai o cego e a pessoa de um olho só e associai-vos aos que têm dois olhos.

 
Liderança para um mundo Melhor. Dalai-Lama e Laurens van den Muyzenberg

 

Afeto – uma questão de presença

 
               
Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos; pedia-lhes também que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhassem fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças. Mas a diretora ficou muito surpresa quando um pai se levantou e explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque, quando ele saía para trabalhar, era muito cedo, e o filho ainda estava dormindo...

Quando voltava do serviço, já era muito tarde, e o garoto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.

Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.

Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado.

O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.

O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros.

Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente.

E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento; simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam, que elas sintam isso.

Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto, os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo, revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro.

As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor.

Mesmo que esse gesto seja apenas um nó...

Um nó cheio de afeto e carinho.

E você. Já deu algum nó afetivo hoje?
Autor desconhecido