13/02/2013

Enriquecer de maneira correta


 
Buda ensinava que enriquecer corretamente era tão importante quanto usar a riqueza obtida de forma adequada, citando: “São boas e dignas de louvor as pessoas que buscam a riqueza por caminhos corretos e a utilizam para o bem e a felicidade delas mesmas e dos outros”.

 
Parábola atribuída a Buda, ele orienta:

Monges, existem três grupos de pessoas no mundo. Quais são eles? Os cegos, os que têm apenas um olho e os que têm dois olhos.

Quem são os cegos? Há neste mundo quem não tenha a visão que conduz à aquisição de riqueza ou o aumento da riqueza já obtida. Além disso, essas pessoas não têm uma visão que lhes permita saber quais são as ações que levam a resultados positivos, não sabem o que merece reprovação, o que é vulgar e o que é refinado, não sabem distinguir entre o bem e o mal. É isso que quero dizer com cego.

Quem é a pessoa de um olho só? É aquela que tem visão para adquirir riqueza, mas, fora isso, é idêntica ao cego. E quem são as pessoas de dois olhos? São as que têm visão para adquirir riqueza e capitalizá-la, as que têm a visão que lhes permite saber quais ações levam a resultados positivos e quais não o fazem, o que merece e o que não merece reprovação, o que é vulgar e o que é refinado, o que é bom e o que é mau. É a estas que chamo pessoas de dois olhos.

O cego é perseguido pelo infortúnio por duas razões: não possui riqueza e não pratica boas obras.

O segundo tipo de pessoa, aquela que tem um olho só, busca a riqueza, independentemente de esta ser certa ou errada. Ela pode ser obtida por meio do roubo, da trapaça ou da fraude. Essa pessoa goza dos prazeres dos sentidos por sua capacidade de fazer fortuna. Quem tem um olho só sofre conforme os seus atos.

A pessoa de dois olhos é um belo ser humano, que divide uma parte da riqueza obtida por meio do trabalho diligente. Tem ideias nobres, a mente resoluta e ficará livre do sofrimento. Evitai o cego e a pessoa de um olho só e associai-vos aos que têm dois olhos.

 
Liderança para um mundo Melhor. Dalai-Lama e Laurens van den Muyzenberg

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário