03/11/2012

Fases do desenvolvimento humano


O desenvolvimento humano é objeto de pesquisa que passa de geração a geração, cada estudioso de todas as áreas do conhecimento procura estabelecer parâmetros que possam nortear o homem na busca do conhecer-se e como melhor conviver com o semelhante.
Freud, dentre os estudiosos, foi quem decisivamente, a um século atrás, propôs como base de sua teoria, que a vida adulta de cada indivíduo, está diretamente ligada ao seu desenvolvimento e formação sexual infantil.
Esclareceu que o adulto é o sujeito nascido criança, que trouxe consigo a a mesma sexualidade que move o adulto para seus alvos atuais. Quando criança, apenas tinha desejos e alvos diferentes. Aprimorados ou redirecionados pela passagem inconsciente por cada fase de seu desenvolvimento psicossexual. Demonstradas individualmente no texto a seguir. “Creio, pois, que a amnésia infantil, que converte a infância de cada um numa espécie de época pré-histórica e oculta dele os primórdios de sua própria vida sexual, carrega a culpa por não se dar valor ao período infantil no desenvolvimento da vida sexual” (FREUD, Vol. VII - traduzido 1996, p.165).
A demonstração de que a criança detinha impulsos eróticos e que deles se servia, causou grande desconforto para os estudiosos, que mantinham a criança em lugar reservado ao angelical, desprovido de qualquer aspecto que lhe associasse ao ato que o gerou e permitiu-lhe o nascimento.
            Segundo Freud, existe rupturas no período de latência da criança:
As constatações extraordinariamente amiudadas de moções sexuais pretensamente excepcionais e anormativas na infância, bem como a revelação das lembranças infantis do neurótico, até então inconscientes, talvez permitam traçar o seguinte quadro das condutas sexuais da infância:
Parece certo que o recém-nascido traz consigo germes de moções sexuais que continuam a se desenvolver por algum tempo, mas depois sofrem uma supressão progressiva, a qual, por sua vez, pode ser rompida por avanços regulares do desenvolvimento sexual ou suspensa pelas peculiaridades individuais. Na se sabe ao certo sobre a regularidade e a periodicidade desse curso oscilante de desenvolvimento. Parece, no entanto, que a vida sexual da criança costuma expressar-se numa forma acessível à observação por volta dos três ou quanto anos de idade. (Vol. VII - traduzido 1996, p.166).
A demonstração da sexualidade infantil feitas por Freud , por certo causa maior alvoroço e desconforto, por se tratar de um assunto que já incomodava. Como relata Bacha (2002, p. 77) “embora Jesus já tivesse visto na criança um modelo de pureza a conservar, a repugnância ao infantil dominará a teologia, a pedagogia e a filosofia até o inicio do século XVIII, quando sua inocência será enfim “descoberta”, ou sua malignidade encoberta”.
Bacha, contribuindo com as conclusões de Freud no esclarecimento da sexualidade, que arremete de vez a criança para seu lugar de sujeito, que traz consigo uma elevada carga de sentimentos e ressentimentos decorrentes de sua existência, proveniente de sua geração:
Não é só por sua origem que a criança é um ser do pecado. Sua natureza irracional ou sensível faz dela um ser entregue às tentações: os sentidos são a porta de entrada da sensualidade, do prazer e das paixões (“Logo que viu o sangue [do gladiador], bebeu simultaneamente a crueldade”): “Sendo a saúde o motivo do comer e beber, o prazer junta-se a esta necessidade, como um companheiro perigoso [...]. Muitas vezes não se vê bem ao certo se é o cuidado necessário do corpo que pede esse esforço do alimento, ou se é a voluptuosa e enganosa sensualidade que exige ser servida [...]. Não receio a impureza do alimento, mas temo a imundície do prazer” (cf. Agostinho, 1980a: 400, X). (2002, p. 74).
No tocante a organização pulsões sexuais infantil, Freud destaca a existência de três áreas predominantes da zona erógena: fase oral – com a predominância d a boca; fase anal – com a predominância do ânus e a fase fálica – com a predominância do órgão genital.  

     Fase Oral


A fase oral compreende o período inicial da vida do bebê, predominantemente de 0 a 18 meses. Como nesta fase a zona erógena da criança é a boca, o ato de sugar tem dois objetivos, a satisfação pela alimentação obtida do seio da mãe e, sobretudo o prazer, pela movimentação dos lábios, língua e palato.
Sobre as fases sexuais infantil, Nasio (1999, p. 61) faz a seguinte contribuição:
O objeto da pulsão oral não é, portanto, o leite que ingere como alimento, mas o afluxo de leite quente que excita a mucosa, ou então o mamilo do seio materno, a mamadeira e, algum tempo depois, uma parte do próprio corpo – na maioria das vezes, os dedos e, em especial, o polegar, que são, todos eles, objetos reais que mantém o movimento cadenciado da sucção. E que são, todos, objetos-pretexto nos quais as fantasias se enxertam. Quando observamos uma criança que chupa o polegar bem apoiado contra a concavidade do palato, com seu olhar sonhador, deduzimos que, nesse momento, ela está experimentando – psicanaliticamente falando – um intenso prazer sexual.
  Sobre o ato de sugar da criança, representado não somente o objetivo de alimentar-se, mas também de atingir prazer sexual, Freud (Vol. XII, tradução 1996, p. 169), relata:
O chuchar [...], que já aparece no lactente e pode continuar até a maturidade ou persistir por toda a vida, consiste na repetição rítmica de um contato de sucção com a boca (os lábios), do qual está excluído qualquer propósito de nutrição. Uma parte dos próprios lábios, a língua ou qualquer outro ponto da pele que esteja ao alcance – até mesmo o dedão do pé – são tomados como objeto sobre o qual se exerce essa sucção. Uma pulsão preênsil surgida ao mesmo tempo pode manifestar-se através de puxadas rítmicas simultâneas do lóbulo da orelha e apoderar-se de uma parte de outra pessoa (em geral, a orelha) para o mesmo fim. O sugar com deleite alia-se a uma absorção completa da atenção e leva ao adormecimento, ou mesmo a uma reação motora numa espécie de orgasmo.  Não raro, combina-se com a fricção de alguma parte sensível do corpo, como os seios ou a genitália externa. Por esse caminho, muitas crianças passam do chuchar para a masturbação.
Para Gaiarsa (1999)  a fixação libidinal na fase oral envolve um comportamento adulto marcado pela voracidade. A criança que durante seus primeiros meses de vida, sofre com o descuido, não sintetiza direito sua primeira experiência libidinal – pode resultar no adulto que tudo espera dos outros e nada de si mesmo. É o sujeito voraz, cujo prazer é ainda muito parecido com o prazer do nenê – estar mamando, continuamente engolindo.
A esse respeito Freud, (1996, Vol. XII, tradução, p. 171), disse:
[...], a inferioridade dessa segunda região a levará, mas tarde, a buscar em outra pessoa a parte correspondente, os lábios. (“Pena eu não poder beijar a mim mesmo”, dir-se-ia subjazer a isso.).
Nem todas as crianças praticam esse chuchar. É de se supor que cheguem a faze-lo aquelas em quem a significação erógena da zona labial for constitucionalmente reforçada. Persistindo essa significação, tais crianças, uma vez adultas, serão ávidas apreciadoras do beijo, tenderão a beijos perversos ou, se forem homens, terão um poderoso motivo para beber e fumar. Caso sobrevenha o recalcamento, porém, sentirão nojo da comida e produzirão vômitos histéricos. Por força da dupla finalidade da zona labial, o recalcamento se estende à pulsão de nutrição.
A fixação na fase oral pode apresentar como uma possível consequência, a dificuldade do indivíduo de organizar a própria vida. Normalmente não termina ou não completa, o que começa. Procura centrar nele, rotinas e decisões simples e complexas. 

      Fase Anal

A fase anal compreende o segundo período de vida da criança, predominando entre 2 e 3 anos de idade. Nesta fase a zona erógena da criança é o orifício anal. “Tal como a zona dos lábios, a zona anal está apta, por sua posição, a mediar um apoio da sexualidade em outras funções corporais” (FREUD, Vol. XII, tradução 1996, p. 175).  O defecar passar a representar o prazer sexual de reter e as fezes e depois expulsá-las. “A excitação sexual da mucosa anal é provocada, antes de tudo, por um ritmo particular do esfíncter, quando ele se contrai para reter e se dilata para evacuar” (NASIO, 1999, p. 62). 
Segundo Gaiarsa (1999) essa fase é marcada pelo movimento estrutural das diferenciações e pelo movimento libidinal dos desejos. Na área estrutural, a criança vive um processo de diferenciação em relação ao outro. É a fase em que ela testa continuamente a divergência entre a sua vontade e a dos pais. Passa o dia testando o adulto até ouvir um não. Não sobe aí, não pega a faca, não toca no vaso.
Sobre este aspecto Freud (Vol. XII, p. 175), faz a seguinte descrição:
Os distúrbios intestinais tão frentes na infância providenciam para que não faltem a essa zona excitações intensas. Os catarros intestinais na mais tenra idade deixam a criança “nervosa”, como se costuma dizer; no adoecimento neurótico posterior, eles têm uma influencia determinante na manifestação somática da neurose e colocam à disposição dela toda a soma das perturbações intestinais. Considerando-se a significação erógena da zona rectal, que se preserva ao menos em sua transmutação, tampouco podemos rir da influencia das hemorróidas, às quais a medicina antiga atribuía tanta importância no esclarecimento dos estados neuróticos.
As crianças que tiram proveito da estimulabilidade erógena da zona anal denunciam-se por reterem as fezes até que sua acumulação provoca violetas contrações musculares e, na passagem pelo ânus, pode exercer uma estimulação intensa na mucosa. Com isso, hão de produzir-se sensações de volúpia ao lado das sensações dolorosas. Um dos melhores presságios de excentricidade e nervosismo posteriores é a recusa obstinada do bebê a esvaziar o intestino ao ser posto no troninho, ou seja, quando isso é desejado pela pessoa que cuida dele, ficando essa função reservada para quando aprouver a ele próprio. Naturalmente, não é que lhe interesse sujar a cama; ele está apenas providenciando para que não lhe escape o dividendo de prazer que vem junto com a defecação.
Ainda segundo Gaiarsa (1999), o caráter anal tem como origem à educação que não permite a espontaneidade da criança. Podendo está presente no adulto, que na infância não lhe foram dadas às condições e espaço para que se organizasse em conformidade com desejos latentes e usando os meios julgados apropriados. Tendo como possíveis consequências à ansiedade dos pais, normalmente pressionados para organizar a criança, popularmente falando, botá-la na linha.
A fixação na fase anal, pode representada pela excessiva preocupação com a ordem e a limpeza. Sendo comum o indivíduo reclamar da bagunça no trânsito, da corrupção na política, da desordem em sua empresa. O vocabulário é normalmente recheado de palavras ligadas a fezes. Predomina a rigidez, sensibilidade e flexibilidade não são essenciais, quando se trata da busca de solução para questões ligadas ao indivíduo fixado na fase anal. Chegar no horário é mais importante do que o custo que isso possa representar. Assiduidade e pontualidade são mais importantes que o resultado obtido.
O adulto originado da criança com fixação na fase anal, busca como forma de proteção a perfeição em tudo que faz, a característica de perfeccionista vem da preocupado em evitar o erro. O prazer de expelir foi e continua reprimido. Em função disso, o indivíduo vive em torno do certo e do errado, sem condições de se resolver, sua vida é marcada pelo dilema infindável, da busca de segurar as coisas e manter o mundo limpo.
Para o adulto com fixação na fase anal, o poder oferece a possibilidade de restabelecer o domínio sobre os demais, reeditando as relações primárias com seu objeto de desejo, sua mãe, que o incentivava na realização de sua produção genuína, as fezes. A mãe, espectadora e desejante do produto (as fezes) e a criança detentora do poder, e da exclusividade de produzi-lo. Desta forma, manter alguém sob constante incerteza e a espera de suas ordens e recomendações, pode ser uma maneira inconsciente de retorno ao poder de reter. Podendo também está representada a regressão ou fixação na fase anal nas atitudes de exigências exageradas com a ordem, retenção de processos, documentos, ações de devassas e punições sem necessidade aparente.
Freud (Vol. XII, traduzido 1996, p. 176) ressalta ainda que:
A retenção da massa fecal, a principio intencionalmente pratica para tirar proveito da estimulação como que masturbátoria da zona erógena, ou para ser empregada na relação com as pessoas que cuidam da criança, [...]. Além disso, o sentido pleno da zona anal espelha-se no fato de encontrarem muito pouco neuróticos que não tenham seus rituais escatológicos especiais, suas cerimônias e coisas similares, por eles cuidadosamente mantidos em segredo. 

     Fase Fálica

A fase fálica compreende o último período do desenvolvimento sexual da vida da criança, predominando entre 3 e 5 anos de idade, pressupõe a organização genital definitiva. Na fase fálica o órgão genital masculino (pênis), tem papel preponderante. Na menina o clitóris, foi considerado por Freud, como atributo fálico e fonte excitação. Como acontece nas fases anteriores o objeto real é a base para o objeto fantasiado. Quando o clitóris e o pênis são objetos reais de suporte a um objeto fantasiado, denominado de falo. Assim, não é o órgão peniano que prevalece, nessa fase, mas sua fantasia como órgão, colocado como símbolo do poder. “Quanto ao poder sexual, ele resulta nessa fase das carícias masturbatórias e dos toques ritmados das partes genitais, tão ritmados quanto podem ser os movimentos alternados da sucção no prazer oral e os da retenção/expulsão no prazer anal. No começo dessa fase fálica, meninos e meninas acreditam que todos os seres humanos têm ou deveriam ter “um falo” (NASIO, 1999, p. 63).
Sobre a fase fálica Freud (Vol. XII, p. 176), relata que:
Entre as zonas erógenas do corpo infantil encontra-se uma que decerto não desempenha o papel principal nem pode ser a portadora das moções sexuais mais antigas, mas que está destinada a grandes coisas no futuro. Nas crianças tanto de sexo masculino quanto feminino, está ligada à micção (glande, clitóris) e, nas primeiras, acha-se dentro de uma bolsa de mucosa, de modo que não pode faltar-lhe a estimulação por secreções que aticem precocemente a excitação sexual. As atividades sexuais dessa zona erógena, que faz parte dos órgãos sexuais propriamente ditos, são sem dúvida o começo da futura vida sexual “normal”.
Na passagem entre as fases anal e fálica surge um tipo chamado de perverso: divido por Gaiarsa (1999)  em três grupos: Passivo, Masoquista e Fálico. 

Passivo
Para o autor, o passivo próprio do indivíduo interditado da manifestação real de seus desejos, frente às ocorrências normais e cotidianas da vida. Sendo os caracteres perversos derivados da relação intensa da criança com um dos pais. Normalmente a mãe. Busca o modelo de ser humano ideal – para a mãe. Procura o tempo todo fazer média com seus pares, como forma de defesa e encobrimento de fonte de agressividade. Quando adulto chega ao ponto de se colocar a disposição para ficar com as crianças para os outros irem ao cinema e não esquece a data de aniversario de nenhum amigo.
Qualquer tipo de violência pode ser fonte de angústia. Prefere pedir desculpa, mesmo quando tem razão, com o objetivo de evitar situações desagradáveis e com conotação agressiva. Brigar pode ser é uma forma de contrariar a mãe, sua grande amiga e protetora, com a condição dele fazer o que ela quer.  

Masoquista 
Gaiarsa (1999) relata que próximo ao passivo existe o masoquista, possivelmente o tipo que merece maior cuidado do grupo, que resulta de uma educação apreensiva. Por ingenuidade ou por desejo consciente a mãe produz um filho “bonzinho”, condicionado para não ter iniciativa.
Costuma-se dizer que o masoquista encontra prazer na dor. Porém, não existe prazer na dor. O que ocorre é que o masoquista está proibido de ter iniciativa, com isso ele sofre por não poder alterar as condições impostas e que eventualmente se encontra. Ele sofre com a imobilidade que se obriga e acumula muito ódio contra a mãe, que para ele é a responsável pela sua proibição de agir. Busca os castigos físicos e morais como forma de amenizar a ansiedade que toma conta de seu ser, proveniente do ódio da mãe. Ódio que gera sentimento de culpa.
Sente ódio por tomar iniciativa para se livrar daquilo que lhe incomoda. O sofrimento originado do ódio e da culpa é transformado em penitencia. Um indivíduo acometido de asma que aceita trabalhar em um ambiente impróprio para sua condição, ganhando valor insuficiente para sua manutenção e aquisição da medicação necessária ao alivio das crises provocadas pela asma.
A lamúria e a queixa também são características do masoquista, se alguém lhe perguntar como vai, ele descreve rapidamente e com riqueza de detalhes todos os males e dores que está sentido. Quem sabe com a intenção ou esperança de que a pessoa autorize que ele tome uma iniciativa, mesmo tendo a convicção de que não irá fazer. 

         Fálico
Gaiarsa (1999) esclarece que o termo “falos” vem do grego e quer dizer pênis. O autor explica que o tipo perverso forma-se a partir da relação específica com a mãe. Assim, o acordo do fálico é de que não se deixará penetrar. Mas constituindo-se numa espécie de pênis ambulante, eterno movimento penetração, domínio e conquista.
Busca permanentemente o status, em considerar e interagir com os valores do grupo de pessoas que está inserido. Procura ser o exemplo de valor para o grupo. Neste caso, se o grupo valoriza a humildade, ele se transforma no ser mais humilde que se possa imaginar. Transforma-se em conjunto de símbolos sociais, não obrigatoriamente ligados ao dinheiro, mas ao status.
Deixa transparecer a impressão de um indivíduo acolhedor, articulado e produtivo. Tem ideias, sonhos viáveis, comumente, procura vestir-se elegantemente, seus valores sociais são sempre exclusivos, negação do outro. Lugares com possibilidades de repercussão social, são pontos ideias e perseguidos para fazer-se presente.
No poder, com o objetivo de fazer-se simpático e agradável, principalmente aos superiores e aos detentores dos meios de comunicação social, puxa para si todo e qualquer resultado obtido pela equipe, mesmo que sua participação tenha sido de forma insipiente ou nula. Briga por fazer frente à divulgação dos resultados, pois, aproveita a oportunidade para se manter ativo nas variadas frentes de trabalho. Na busca de seus objetivos de visibilidade social não mede esforços e nem faz restrição ao tipo de armas e atitudes a serem usadas, desde que ele seja sempre beneficiado.
Quando se trata de resultados negativo, usa todos os tipos de truques para se safar, é um mestre na arte da “caça as bruxas”, encontrar alguém para assumir a culpa, que eventualmente possa recair sobre ele.

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