Estudo do IBGE analisou a dinâmica empresarial no
Brasil entre 2007 e 2010. Para os pequenos empresários, resistir à burocracia é
mais difícil.
Metade das empresas fundadas no
país não resiste ao terceiro ano, e sucumbe principalmente
à burocracia e à carga
tributária que desestimula o investimento no setor produtivo. O levantamento
mostra que do total de 464.700 empresas nascidas em 2007, apenas 51,8%
sobreviviam três anos depois – e que 23,9% delas encerraram as atividades ao
longo do primeiro ano de existência.
As maiores taxas das empresas
consideradas sobreviventes encontram-se nas regiões Sul e Sudeste - 79,3% e
78,9%, respectivamente -, com índices acima da média nacional de 77,9%. Isso
pode estar relacionado ao contingente maior de grandes empresas situadas nestes
sete estados. "O índice de sobrevivência está diretamente relacionado ao
porte da empresa. Se considerarmos só companhias sem empregados assalariados,
por exemplo, a taxa de falência é maior: 54,7% saem do mercado no terceiro ano
de atividade", salienta a analista do IBGE.
Erros mais comuns
FALTA DE PLANEJAMENTO: Muitos empresários começam a atuar sem fazer um plano de negócio. Antes
de abrir uma empresa, é preciso estudar todos os aspectos que envolvem o
negócio. Deve-se pesquisar quem será o público-alvo, fornecedores, custos fixos
e variáveis, concorrência e localização adequada. Quanto mais informações o
empreendedor tiver sobre seu ramo de atividade, maiores são as chances de
sucesso.
COPIAR MODELOS EXISTENTES: É um equívoco reproduzir integralmente um modelo de negócio que já
existe no mercado sem fazer inovações. No curto prazo, a cópia pode até trazer
lucro, mas no médio prazo tende a não funcionar. O ideal é que o empreendedor
se inspire em casos de sucesso para abrir seu negócio, mas saiba adaptá-lo à
sua realidade para criar diferenciais. Para ter sucesso, é necessário haver
alguma inovação em relação ao produto ou serviço oferecido pela concorrência.
NÃO ACOMPANHAR A ROTINA DA EMPRESA: Deixar a empresa só nas mãos de terceiros é arriscado. A dedicação é
uma das principais qualidades de um empreendedor. Ele deve separar um
determinado período do seu dia para verificar de perto a rotina de cada área da
empresa. Se ele não tiver condições de fazê-lo, uma alternativa é trazer
pessoas qualificadas para supervisionar cada setor. Porém, o empresário deve estar
presente na empresa para fiscalizar o trabalho e para resolver problemas.
DESCONTROLE DO FLUXO DE CAIXA: Muitos empresários se perdem quando o assunto é administração. A
empresa deve adotar um sistema de controle da entrada e saída de dinheiro. Em
empresas menores, uma simples planilha consegue resolver o problema. Já
empresas maiores podem optar por aplicativos mais elaborados para fazer este
controle. Além disso, é preciso ter o hábito de checar as contas, de
preferência todos os dias, e saber planejar o pagamento e recebimento dos
recursos.
FALTA DE DIVULGAÇÃO DA MARCA: Não se pode esperar que o boca-a-boca garanta o sucesso da empresa.
Para um marketing mais eficiente, o empresário tem de entender o mercado que
quer atingir, saber onde o público dele está e do que ele gosta. A partir
destas informações, estabelece-se uma estratégia e a propaganda ideal é
direcionada para os clientes.
NÃO SE ADAPTAR ÀS NECESSIDADES DO MERCADO: Aquele empresário resistente às mudanças e fechado às novidades tende a
ficar para trás. É importante que o empreendedor sempre se mantenha antenado às
tendências do seu ramo de atividade. Ler matérias em jornais, sites e revistas
ou conversar com clientes e fornecedores é de grande ajuda para conseguir mais
informações sobre o mercado. O consumidor quer novidade e quem não se adaptar
tende a perder espaço.
http://noticias.bol.uol.com.br/economia/2012/04/04/sebrae-lista-os-6-maiores-erros-de-quem-vai-a-falencia-saiba-como-evita-los.jhtm
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