1.
Fale de
uma maneira que faça os outros quererem ouvi-lo.
Provérbios 15:2 – “A língua dos sábios torna o
conhecimento agradável, mas a boca dos insensatos destila idiotice”.
O ato de comunicar, ou seja,
conversar com outras pessoas, não significa apenas falar o que deseja e da
forma que convém a cada um. O dialogo efetivo exige dedicação e atenção das
partes envolvidas, onde cada um deve procurar fazer-se entendido e entender os
outros.
2.
Aprenda a
se tornar persuasivo
Provérbios 16:23 – “O coração do sábio torna sua
boca sensata e faz de seus lábios ferramentas de persuasão”.
O bom comunicador sabe quando falar e quando
calar-se. Pensa no que vai falar e quando fala, ouve o que está falando. Assim,
pode alterar o rumo do dialogo, pela observação das reações de seus ouvintes.
Apenas aqueles que adquiriram o hábito de se ouvir, podem promover as mudanças
necessárias em seu desempenho na prática do ato mais controvertido do
relacionamento humano, falar e ouvir, entender e ser entendido pelos outros.
3.
Ouça
antes de falar
Provérbios 18:13 – “Aquele que responde antes de
escutar terá a idiotice e a confusão”.
Aprender ouvir o outro é um exercício de paciência
e uma prática para toda uma vida. Não se trata de uma situação trivial, já que
todo indivíduo julga-se merecedor de atenção e precisa ser ouvido. Ouvir o
outro, para muitos parece representar uma perda de tempo. Aprenda a ouvir
atentamente sem procurar resposta apropriada para a fala do outro. Fique atendo
ao conteúdo da fala, é nele, que cada indivíduo expõe seus mais íntimos
sentimentos. Inclusive, sobre quem ouve e o ambiente que os cercam. Quem ouve
atentamente o outro, tem maior oportunidade de estabelecer um dialogo capaz de
eliminar os conflitos comuns nos relacionamentos parentais ou profissionais.
Saber colocar as palavras certas na resposta minimiza ou elimina os conflitos
típicos do processo comunicacional humano.
4.
Fale
devagar e esteja atento às suas palavras
Provérbios 29:20 – “Vês um homem precipitado no
falar? Espera-se mais do insensato do que dele”.
Evite falar
acompanhando a velocidade do pensamento, pois, dificilmente alguém conseguirá
tal intento e terminará falando o que aparentemente não gostaria de falar.
Tentar seguir a velocidade do pensamento é o mesmo que esperar que o trovão
(som) acompanhe o raio (luz). Quem procura falar na velocidade do pensamento,
torna-se confuso e inaudível no que fala. Quanto mais atenção alguém der à
velocidade e ao significado das palavras que fala, maior será a possibilidade
de ser entendido e respeitado pelos outros. Diz o dito popular: “quem fala
demais dá bom dia a cavalo”. Salomão através dos Provérbios frisa sobre
importância do falar; “Quem vigia a própria boca conserva sua vida; mas quem
escancara os lábios caia em desgraça”.
5.
Nuca
diminua o próximo; em vez disso, levante o moral dele
O ser humano
tem uma tendência natural para falar mal do outro, principalmente do outro
ausente, atitude denominada fofoca. Salomão ensina que devemos seguir
contrariamente a natureza humana de falar mal dos outros, inserindo na
conversa, palavras positivas sobre a pessoa a quem estão sendo dirigidas as
palavras negativas. Quando isso acontece rapidamente à conversa muda de rumo e
todos assumem uma nova postura. Reduzir a importância do outro ao falar, além
de dificultar o prosseguimento do dialogo, acelera o fim de qualquer tentativa
de entendimento racional, próprio do contato humano.
6.
Pare
enquanto está ganhando
Provérbios 10:19 – “Nas muitas palavras não falta
ofensa; quem retém os lábios é sábio”.
Muitos ainda são incapazes de ouvir a própria voz,
assim, não conseguem perceber quando está na hora de parar de falar. Ser capaz
de ouvir a própria voz é uma estratégia infalível, como controle sobre a
qualidade e quantidade da fala, em cada lugar e circunstância. O vendedor deve
parar de falar sobre o produto ou serviço, tão logo ouça o sinal de compra,
emitido pelo comprador. O amigo deve para de falar e ouvir o desabafo de
ressentimentos e contrariedades do outro. Os pais devem parar de falar, para
ouvir o murmurar ou mesmo lamentos do filho sedento de afeto. Os cônjuges devem
parar de falar, para ouvir o sentimento de seus pares, expresso em palavras sem
sentido ou pedaços de frases, sobre o distanciamento e frieza do relacionamento
amoroso. “Mesmo um tolo é considerado sábio se mantiver a boca fechada. E
aquele que é capaz de defender um argumento forte com poucas palavras é
admirado pelos que o cercam” (SCOTT, 2008, 56).
7.
Compartilhe
uma sabedoria verdadeira
Provérbios 10:19 – “da boca do justo jorra a
sabedoria”.
Compartilhar pressupõe reconhecer verdadeiramente a
existência e importância da outra pessoa. A pessoa sábia estimula as outras a
participar do debate, criando um clima de confiança, livre de julgamentos
falseados pelo suposto saber. Confúcio disse que: “para adquirir conhecimento é
preciso aprender duas coisas por dia e, para adquirir sabedoria é preciso abrir
mão de alguma coisa todo dia. Compartilhe com as demais pessoas sua sabedoria,
você ganhará muito com essa atitude.
8.
Sempre diga
a verdade.
Provérbios 10:19 – “os lábios do mentiroso encobrem
o ódio; quem difunde calunia é insensato”.
Segundo Scott (2008), uma pesquisa realizada com
gerente de recursos humanos, revelou que muitos candidatos a emprego inserem
dados falsos em seus currículos. “A mentira tem pernas curtas” diz o dito
popular. Mentir é criar armadilhas para o futuro, para Salomão, “nunca é
inteligente mentir”. Mentir é uma atitude tola e enganadora, enquanto falar a
verdade é uma atitude inteligente, que estabelece uma base de confiança e
segurança para as partes envolvidas.
Lauro Milhomem Coutinho
Referencia bibliográfica: SCOTT, Steven K. Salomão
o homem mais rico que já existiu. Tradução de Fabiano Morais. Rio de Janeiro:
Sextante, 2008.
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